terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quero nascer, quero viver

Já não sei. Toda essa sua montanha-russa de sentimentos me entontece, perdida em seus confusos e doentios pensamentos. Mal sei lidar comigo mesma, como posso então equilibrar-me numa corda bamba invisível?
Claro, você surgiu de meus sonhos, até seu chulé foi milimetricamente previsto por meu inconsciente, rapidamente embebedeci-me de todo amor que poderia sentir por você. Você que me tortura com seu perfume discreto, que me enobrece com seu olhar incansável, que me leva junto por entre delírios com o futuro. Entrego-me - corpo, alma e coração. Deve perceber que derreto, transformo-me por completo em intensedade, ao tocar sua pela gentil.
Não para menos, as histórias de paixão avassaladora e romance a moda antiga devem possuir um porém, mas tem de ser um porém forte que não as deixe durar muito. O nosso porém dói tanto. Ah, a dor...

# Preciso ir - Marisa Monte

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Começo de tarde

- Estava pensando em você.
- Pensando o que?
- Pensando em você, lembrando de você, querendo falar com você, querendo estar com você, querendo viver com você, querendo te dar um abraço, querendo te dar um beijo, querendo te dar mil rosas, querendo ser seu para sempre.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sobre pequeninices



Hoje ele cochilou em minhas pernas pela primeira vez. Uma formiga passeava por seu corpo. Coisas pequenas assim me faezem perceber o quanto o quero. Ele sorri. Eu o amo. Há um bom tempo, eu não sonhava com "para sempre".




Hoje ele cochilou em minhas pernas pela primeira vez. Uma formiga passeava por seu corpo. Coisas pequenas assim me faezem perceber o quanto o quero. Ele sorri. Eu o amo. Há um bom tempo, eu não sonhava com "para sempre".

domingo, 10 de outubro de 2010





Ruska:


- A palavra, Anão, vê bem, se digo amor, o que é que sentes?




Anão:


- Uma coisa no peito, um quente.




Ruska:


- E se tu dizes, sem que te perguntem, sinto uma coisa no peito, um quente, as gentes te dirão que é amor o que sentes?




Anão:


- Ora Ruska, não, vão dizer... espera um pouco, diz para mim essa coisa que no fundo me obrigaste a dizer.




Ruska:


- Anão, sinto uma coisa no peito, um quente.




Anão:


- Então te digo, Ruska, estás mal, talvez adoentado. E olha que deu certo porque... não é doenção o amor?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Insolarando

Insolarando



Parece-me que essa minha gripe traz consigo o dever de iluminar meus pensamentos, esses confusos e infindos redemoinhos. Bem quando via meu mundo correr longe: amoleço-me, a cabeça dói, não há mais voz. Li em algum lugar sobre como o amor cura sem que saibamos que havia uma doença (e, sim, há sempre uma doença). Mas sabe, o Cosmos, talvez por pena, talvez por compaixão, mudou levemente a trajetória para mim. Adoeço, sinto mais e sinto tudo com os meus 6 sentidos nos incontáveis poros do meu existir, para então prestar atenção na cura, deixar ela acontecer, entregar-me a ela, mais e mais. Esse novo amor - não tão novo, nem tão amor: eu o percebo agora com todas as sua delicadezas e sua vontade de se alastrar pelo inteiro particular. O meu corpo dança, a quietude é plena, parei a fim de escutar o universo. Debaixo do Sol, aqueço meu coração.

# Spiegel im spiegel - Arvo Pärt

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma boa onomatopeia

Apressei-me. Contrariando todo o meu ser.
Eu que nasci quase de 9 meses - eu: lenta, lenta, sempre vagarosa - deixei o tempo virar foguete.
Como segurar as rédeas de um foguete?
Não. Deixe-o seguir o seu caminho, chegar em seu destino; com o tempo que ele há de ter.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Essa de opostos



O céu, doidinho pra chover, me disse para ser feliz. "Ai, ai, céu prolixo, a chuva é bonita de se chorar, de se chover junto". E o céu calado, em paz com sua imensidão faz-me lembrar de sorrisos aguados. Sorrisos aguados perfeitos para se sorrir. Sem muitos arrodeios, constato: eu-solar, mundo-chover.
Quão bom é acordar cedinho e guardar em si a doçura de aproveitar o dia.

# Garota de Ipanema - versão de Los Hermanos

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

Conversas na madrugada



Pode ser o céu, pode ser o sono, sei que ventos sopram nossa alma para fora de nós mesmos.
Falar; Ouvir; Dormir.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Penso na melancolia do dia. Penso na "minha" tatuagem Melancolia. Penso na eternidade. A última e sua infinita distância de mim. Penso na distância. Penso na relatividade. A relatividade mal cabe num livro, livro grande. Penso em Lispector. "; :" . Penso em passar a tarde de amanhã na livraria. Bom ter tempo para fazer nada. Penso no nada que é bom. Que graça infortunada é o tédio. Por que pareço prolixa? Pareço prolixa? Não, a culpa é da repetição.

terça-feira, 20 de julho de 2010

De pouquinho em pouquinho



Faz tempo que não escrevo, me parece que as palavras fogem do que sinto. A verdade é que uma cartomante me falou de como gosta de meu lado teimoso, procurar por letras que possam eternizar o agora de meu coração é a maior teimosia que faço há um bom tempo. Mãos à obra?
Meus pensamentos são permeados por suspiros. Suspiros esses tão novos, frescos na alma. Encontro-me tão em mim mesma, um tanto voadora, ansiosa, mesmo romântica, e ainda assim, calma e em silêncio. Ando certa com minhas incertezas e não deixo para trás uns bons devaneios. O passado começa a se mostrar, como nunca antes, sublime numa gentil exatidão. O presente tão mais interessante.
Que graça é escrever, transmitir a confusão precisa de meu ser.
Ai,ai.