sábado, 28 de dezembro de 2013

Onda vaga

que lindo que estar en la tierra
despuea de haber vivido el infierno,
que lindo que es poder amarte y mirarte otra vez
despues de estar tan enfermo,
que lindo corazon que estas aca y aca latiendo
y me desenredes los ojos
y si por ahi el miedo me viene a buscar de nuevo
voy a recordar lo que cantamos una vez mirando el cielo..


cantale a la luna y al sol
cantale a la estrella que te acompaño
cantale a tus amigos con el corazon
cantale a la luna y al sol
canta que es la tierra que canta en vos
cantale a tus amigos con el corazon


yo no se porque a veces me pierdo
los ojos se me dan vuelta y me muero por dentro
y me encierro otra vez y no puedo salir ay ay ay
no puedo ver lo lindo de cada momento
es que a veces no me le animo al niño que llevo a dentro
a veces pienso que estan mal algunas cosas que siento
pero basta ya de eso y hecha pa fuera bye bye bom
no tengo tiempo de eso estoy en otra cancion, se acabo


cantale a la luna y al sol
cantale a oa estrella que te acompaño
cantale a tus amigos con el corazon
cantale a la luna y al sol
canta que es la tierra que canta en vos
cantale a tus amigos con el corazon

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"É porque o meu amor por você é imenso, o meu amor por você é tão grande, o meu amor por você é enorme demais"

Broto,

quero lhe dizer que ainda te amo. As sardinhas em seus ombros, seus braços fortes, seu cabelo ralo que sempre fica pra cortar na falta de tempo - mas que supostamente lhe é preferível desgrenhado, sob a justificativa de ter cachinhos - todos os seus trejeitos, os fortes e os discretos, perduram a me encantar. Eu permaneço apaixonada por seus sonhos e por suas histórias, sempre quero ouvir mais sobre sua vontade de mudar o mundo e sobre os carinhos seus com sua vó. E, ainda que não pareça, eu aprendo, mais e mais, a admirar seus defeitos. Vez ou outra, me flagro imaginando como será sua vida em alguns anos, os lugares que você irá conhecer, os buracos em que ainda irá morar, se vai ter iniciado o PhD ou se encontrará alguma universidade onde possa lecionar. Sem que eu me dê conta, me levo por onde não devo ir, e imagino que seu caminho está entrelaçado no meu. Depois penso, um tanto aflita, no cruzamento de nossos olhos. (Silêncio ou sorriso?). 

Sinto muito, gatinho, mas não tenho coragem - em seu sentido literal, "agir com o coração" - de pôr fim em nossa história olhando em seus olhos. Não me restam dúvidas de que eu iria desistir, cair em prantos sem razão aparente. Se a distância ajudou (e com isso não quero dizer que tenha prejudicado, se o dissesse seria uma inverdade) o nosso namoro de alguma forma foi na maneira de te olhar frente a frente. Nos poucos dias em que passávamos juntos a cada mês, eu redescobria as suas cores e suas texturas, e isso era maravilhoso. Então, te ter a 6cm (quando me acostumei a 600km) de distância e não te abraçar é perturbador. Mas, enfim, eu não posso permitir que transformemos nós dois em pesar. Eu gosto demais de você pra te prender num labirinto em que já se pode ver o fim. E, "gostar de você é te querer feliz", te falo essas palavras da mesma maneira que você me escreveu na primeira carta.

Aliás, a sua primeira carta para mim foi o que me trouxe força para lhe escrever essa última carta. Achei que se começamos com bonitas palavras num pedaço de papel, seria digno que acabássemos da mesma forma. 

Eu sei e sinto que em você já não há amor para mim, aceite por favor minhas sinceras desculpas por ter transformado sentimento tão nobre em vazio. Eu quis ser merecedora do que você tinha me guardado, mas no começo eu tive medo e depois lhe faltou paciência. Nós nos desencontramos um do outro - c'est la vie. 

Foram muitos os dedos apontados, e isso já não me interessa. O que me interessa é que possamos, depois de um tempo, sentar pra tomar um café e conversar sem amargura. Eu trago em mim essa fraqueza de continuar a amar "apesar de".  

Apesar de, eu te amo. E isso não irá acabar.