terça-feira, 29 de março de 2011

Numa terça-feira

Tá difícil. Acordar, respirar, mover os pés, prestar atenção nas coisas, nas outras pessoas. Tá difícil ter você por perto, tá difícil não te ter de modo algum. Tá difícil não chorar, difícil me segurar. Você me fez um poema bonito de dor, tá difícil.

sábado, 12 de março de 2011

Não apenas conflitos existenciais

Cada vez mais, tenho pensado em minhas escolhas. Você se sente assim? Parece-me que vivo num intenso paradoxo, a angústia maior é a de nunca me decifrar. A pessoa que eu era, que eu pensei ser, teria dado os passos corretos, não? Eu me recordo de alguém romântica, alguém sem muitos sonhos, mas num constante estado de sonhar. Eu não era assim? Eu me perdi ou eu nunca fui? Você se sente assim? A movimentação dos planetas me cansa, quem sabe se eu conseguisse passagem para outra galáxia. E o medo de viver está em mim ou em todas essas coisas que me cercam? Quem sou eu, que coisas são essas? É preciso, vida na tristeza, vida depois dessa e vida depois da mesma. Mas antes, eu sorria. Você se sente assim? Estagnada na pessoa que você pensa não ser. E agora, sou eu ou outra? Mas se sinto que esta inconstância não só me possui como também eu a possuo, então estou me enganando repetidamente por imaginar não ser quem sou. Ou sou várias? Sempre me achei tão uma, me prefiro uma só. Uma sozinha.